terça-feira, 13 de setembro de 2011

Apresentações...

Olá!
Não sei pra quem é esse olá. Não sei se alguém vai me visitar aqui. Talvez esse primeiro olá seja pra mim.

Embora eu saiba quem sou (ou pelo menos imagino saber), vamos as apresentações: Me chamo Fernanda, sou temporão da Dege e do Haroldo (que tá no céu a 19 anos) e irmã da Fabiana, que a 19 anos atrás me transformou também em tia da Thallita. Tenho 30 anos (isso é pesado em se dizer, quando se sente ter uns 16...) e a quase um ano sou esposa do Márcio, o cara que me deu o maior presente da vida. E essa história é curta, mas muito longa.

Nos conhecemos em março de 2010, na lanchonete de um terreiro de Umbanda (somos médiuns), devido a uma brincadeira com um kibe (essa é uma história a parte). O mais engraçado é que estávamos lá, todos os sábados no mesmo lugar, desde outubro de 2009 e nunca tínhamos nos percebido. Depois de nos adicionarmos no Orkut (é, o Face a um ano e meio atras era meio desutilizado) e no msn, passamos mtas madrugadas a papear, até que ficamos, ficamos, ficamos, ficamos e fomos ficando. E numa noite de julho de 2010, algo estava prestes a acontecer e mudaria para sempre nossas vidas. 

E continuamos assim, ficando, ficando... Até que em pleno feriado de 7 de setembro, lá pelas 4 da matina (sim, sou detalhista), abrí minha boca e disse: to grávida, mas vc pode seguir sua vida, os planos pra sua vida... quando ele vira pra mim e diz: antes eu tinha uma vida, agora eu tenho três! E a partir daí, depois de mta conversa, choro, choro, choro (sim, grávida chora muiiiiiiiito), no dia 26 ele vinha de mala e cuia (literalmente) pra casa. Logo logo, faremos um ano de casadinhos. Engraçado né, somos o único casal que eu conheço que pulou do ficando para o casado! 

E fomos nos conhecendo. E até agora tem sido divertido. No começo foram muitas discussões (afinal uma parte da minha família na ajudava mto!), mas agora tá td mto tranquilo.

E fomos dividindo nosso conhecimento com o nosso Pacotinho, que era como chamávamos o bebê antes de sabermos que era um menino, aliás meninão... e depois de mta discussão pelo nome que devia ser escolhido por mim, virou o Vinícius.

Eram dias deliciosos, amei cada dia de gravida. Amava querer mostrar meu barrigão que nao aparecia! Adorávamos as consultas, os US, tudo, adorávamos até o exame de sangue, pq sempre estava tudo bem. Até que chegou a hora de fazer o US morfológico... Aquele meninão que crescia a todo vapor, até além do previsto, de repente parou de crescer. E aí o bicho pegou. Exames, exames, exames e nada de anormal. Mamãe aqui e o Vico (apelido meu pro Vinícius) estavam com a saúde perfeita, mas ele insistia em não crescer. O médico da mamãe, depois de semanas de consultas e exames, diagnosticou oligoidramnio. Pronto: desespero. O Vico precisava nascer, mas era necessário UTI Neonatal, mas o meu plano de saúde nao cobria isso. Com a UTI Neontal com diárias por volta de R$ 5 mil, era inviável para nós, pois o Vico precisaria de muitos dias lá. Fomos parar no SUS, mais precisamente no Hospital Regional de Sorocaba, um verdadeiro açougue.

Meu médico (do qual hoje me arrependo profundamente de ter procurado) pediu para que eu agendasse uma consulta o mais rápido possível, garantiu que eu não ficaria lá, que era possível me monitorar em casa mesmo. Saí da consulta, no dia 22 e conseguí uma no Regional no dia 24. E lá fomos, eu e o Marcio para a consulta, numa sexta-feira muito quente. 

Chegamos e fui atendida por vários residentes, até que a chefe deles chegou e me mandou para internação, pois segundo ela o Vico teria que nascer no dia seguinte. O que??????????? Eu estava só com a roupa do corpo!!!! Uma grande amiga que é médica lá nos levou ao shopping, comprei uma camisola, algumas calcinhas e voltei pro hospital. E lá fiquei, com medo, sozinha, numa terra de ninguém, onde eu nao queria, não merecíamos estar lá. O Marcio voltou sozinho pra casa e não saberíamos quando estaríamos todos juntos em casa novamente. E eu passei a noite em claro, pensando no giro de 360 que a nossa história levou. No sabado pela manha fiz alguns exames, que constataram que o Vico estava bem e que a situaçao melhorara muito, e decidiu-se que eu ficaria por lá, até que fosse necessário ele nascer. Tudo que eu pensava era no chá de bebe que ainda nao tinha acontecido, pensava nas roupinhas dele que eu ainda nao tinha lavado (afinal, estava de 30 semanas, era coisa pras próximas semanas). E lá fiquei. No domingo o Marcio passou quase o dia todo comigo, burlando os seguranças e enfermeiros, já que eu só podia ter ele no horário de visita. SUS maldito. Ele foi embora um pouco mais tranquilo, com a senha do meu Facebook, pra poder atualizar todo mundo com o que estava acontecendo (tinha muita gente preocupada conosco).

No final da noite, fiz um novo exame, e nesse havia algo estranho. As 23h30, domingo 27 de fevereiro, enquanto eu assistia um paredão do Big Brother, o médico entra no quarto com uma camisola na mão e diz: Fernanda, já avisei o centro cirúrgico e o seu filho vai nascer agora, pode vestir essa camisola. Desepero, muito desespero. Eu estava sozinha, meu marido, minha familia, meus amigos estavam a 40 km dali, era madrugada. Me recusei, disse que só saía dalí quando o Marcio chegasse. Sem acordo, tinha que ir. Propus ir depois que falasse com ele pelo telefone. Aceito! Liguei inúmeras vezes até conseguir, discava errado. Ele atendeu e aos berros eu disse: O Vico vai nascer agora, tem algo errado, liga pro Du (padrinho do Vico), pede pra ele passar na Fá (minha irmã), pega voce e venham pra cá, to com muito medo. E foi isso. 

E merece outro post!

Ultima foto do barrigão, um semana antes

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